Depois de vários anos a martelar os neurónios da minha mulher, em Novembro último, certamente por influência, obra e graça de Santo Apaniguado, protector de todos os sedentos de novas experiências sexuais, obti dela uma licença precária para o projecto de construção do meu imaginário sonho erguido a quatro pessoas, oito mãos, oito pernas, dois pirilaus e duas cavernas de Alibabá.
O primeiro passo que encetei para entrarmos na primeira experiência foi inscrever-nos num site de encontros de swing. A seguir visitámos alguns clubes da zona. Como somos “cinquentões”, e preferimos um par dentro do nosso escalão etário, deu logo para ver que o leque de escolha é muito mais reduzido. Apesar disso, com o meu entusiasmo a não me deixar quebrar, continuei à procura, pedindo amizade a uns e a outros -que na maioria dos casos aceitavam mas depois nunca mais diziam nada, nem sequer respondiam a um cumprimento de ocasião.
Foi então que um casal do Norte começou a teclar connosco. Diziam ter 60 anos e com pouca experiência. Com um manifesto interesse deles, durante algum tempo, tentando consolidar uma boa relação de amizade, relatámos as nossas vidas e contámos a razão de procurarmos quebrar a rotina sexual. Depois de nos visionarmos através do Skype, marcamos um encontro para daí a umas semanas com um jantar regado com um bom vinho e acompanhado com uma boa conversa.
Veio o tal Sábado à noite e a hora chegou. Foi então que perante nós estava um casal de idade muito próximo de setenta anos. Como somos sensíveis e delicados, entendemos deixar passar a “mentirinha” e fizemos de conta que, de facto, a sua idade era de seis décadas. Afinal, em fanfarronice caseira, eu sempre afirmara que nunca discriminaria uma mulher. Para foder, e deitada na horizontal, até com noventa anos embarcava.
Fomos para o restaurante e, enquanto decorreu o repasto, travámos uma interessante conversa transversalmente abarcando desde política, economia e até sexo. Reparámos que na apresentação pessoal não eram muito cuidadosos. Vestiam uma roupa algo coçada. Como é muito observadora, a minha mulher apercebeu-se logo de algum desleixo. Continuámos a não ligar aos pormenores e, como tínhamos combinado previamente, fomos para nossa casa. Chegados ali, colocámos um filme “hard” para aquecer o ambiente. Passámos à estratégia a seguir. Como era o primeiro encontro, ficou assente que, entre todos, só haveria toques manifestados em “amassos”. A penetração, a haver, só seria exequível entre os pares casados. Como bons anfitriões que somos, em frente aos sofás na mesa de apoio, colocámos aperitivos e abrimos uma garrafa de espumante. Para tornar o desempenho mais engraçado, propuz um “jogo do despe” com cartas. Aceitaram. Foi explicado que quem, dos quatro, tirasse a carta mais alta pediria ao que tivesse tido a mais baixa para retirar uma peça de roupa. Quando um ficasse totalmente nu, se tivesse a mais baixa carta do baralho, faria uma função ordenada pelo naipe mais alto. Tudo teria de ser feito com total anuência e liberdade de aceitação. Se o perdedor do jogo não aceitasse a ordem como legítima o vencedor teria de escolher outra de acordo com o sujeito. Tudo foi correndo lindamente e, à medida que a roupa ia saindo dos corpos, a excitação parecia cirandar no ar que se respirava. Mentalmente, eu sentia-me com uma notória ansiedade indisfarçável para ver a outra mulher nua. Foi então que ela retirou o soutien e umas mamas muito mirraditas apareceram coladas à barriga. Como se o meu cacete entre pernas tivesse levado uma trolitada na cabeça, perante o quadro que se mostrava, o desgraçado desfaleceu imediatamente e, pelo olhar o chão demoradamente, prometia não se levantar tão depressa. Mas nós fizemos de conta que ela era uma brasa e não ligámos a este detalhe.
Prosseguimos a acção de despir. Pela troca de olhares entre mim e a minha mulher, mesmo assim, a brincadeira estava interessante. Sapatos para ali e meias para acolá, até que o outro membro masculino ficou completamente desnudo. Reparei que a minha mulher já completamente sem roupa parecia desanimada. Mau, mau!, pensei com meus botões. O que seria agora? Foi então que segui o seu olhar e fui dar de caras no que lhe provocava tal desapontamento: a pichota do homem era muito pequenina, mas pior do que isso: não entesava, nem dava mostras de se querer mexer. Perante a inquietude e olhar insistente da minha esposa, o homem entendeu então dar uma explicação que absolvesse o “malandro” pelo facto de não se querer levantar: tinha sido operado à próstata e, em consequência, não detinha erecção. Mais uma vez, por um certo respeito, ainda que considerássemos ter sido enganados, olhando um para o outro num olhar de conluio, não dissemos nada.
Terminámos nós os dois embrulhados um em cima do outro e, sem passar confiança à desilusão do nosso primeiro encontro, viemo-nos como se estivéssemos sós.
Como se tudo tivesse corrido lindamente e aquele encontro fosse memorável, durante muito tempo o casal continuou a insistir para repetirmos. Ora foda-se!
(EPISÓDIO REAL)
NoaSW: | ||
Desculpem as nossas sinceras palavras que irei proferir..... mas demos imensas gargalhadas com a descrição pormenorizado que fizeram. Parabéns!!! Nós, concerteza, não iríamos aguentar tão bem tamanha desilusão.
|
||
07.01.2018 |
S_L: | ||
Fiquei perplexa e com receio de como irá ser o nosso 1rº "encontro".
|
||
02.08.20172 replies2 replies |